quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Patada Ecológica (?)

Normalmente, lemos e ouvimos falar em Pegada Ecológica. Em poucas e simples (talvez simplificadoras e, nesse ponto, peço perdão) palavras, posso resumir o sentido do termo como o espaço utilizado para produzir os bens da vida "necessários" para a satisfação das necessidades de cada pessoa, por ano. Quanto maior for a pegada ecológica, a partir de um valor considerado suficiente para tal, mais insustentável se torna a mesma.

E a patada ecológica?

A breve reflexão (e algumas das informações) que farei aqui surgiu da leitura da Análise intitulada "Patada Ecológica", de Roberto Malvezzi, no "Brasil de Fato" - http://www.brasildefato.com.br/node/5349.

A pegada ecológica do brasileiro, em média, está estabelecida em 2,4 hectares/ano por pessoa - acima do indicado como razoável, que é de 2,1 hectares/ano por pessoa. Segundo os índices apresentados na Análise acima referida, a produção de gado no país - que gasta água e elimina gás metano - ocupa espaço tal que representa 50% da pegada ecológica do brasileiro - razão pela qual falar em patada ecológica.

Considerando esses dados, impossível não perguntar até que ponto nós que comemos carne (aqui eu me incluo totalmente) não contribuímos de forma significativa para a aceleração do efeito estufa, para o desmatamento (novas fronteiras agrícolas) e com isso a perda de (socio)biodiversidade - isso sem falar nas práticas cruéis que muitas vezes são realizadas para a morte do animal.

Seria o vegetarianismo um elemento essencial para a proteção do meio ambiente?
(E aqui, convido os colegas a participarem, emitindo suas opiniões.)

Bem, na minha opinião, sem dúvida, a produção de carne e seu consumo desencadeiam os problemas acima referidos; assim, o vegetarianismo - seguindo a lógica do "pensar globalmente, agir localmente", de modo a não desconsiderar a postura de cada uma das pessoas para a mudança do todo - é uma atitude, uma forma de vida, que auxilia na diminuição da degradação ambiental. Mas será que isso resolveria o problema?

Parece-me que não. Penso que é sempre importante radicalizar... Radicalizar no sentido que possui a palavra 'radical', quando falamos de gramática; é preciso ir à raiz.

Nesse sentido, conforme dito pelo autor, não é puramente a produção de gado o problema, mas sim a forma em que a mesma é realizada: a monocultura.
Indo mais fundo, mais que a monocultura, a causa está na produção capitalista, a partir da racionalidade econômica da modernidade - excludente, hierarquizante e tantas outras coisas que já disse aqui.

Nesse contexto, aproveito para fazer referência brevemente às idéias de Enrique Leff (economista mexicano), no livro _____. Racionalidade Ambiental: a reapropriação social da natureza. Trad. Luís Carlos Cabral. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

Nesta obra, o autor propõe uma mudança em nível paradigmático, utilizando o conceito de racionalidade ambiental, para propor um novo sistema de valores/princípios (racionalidade substantiva), novos conceitos que formatem processos materiais distintos, direcionados a uma nova forma de relação entre homem e natureza (racionalidade teórica), novas técnicas/tecnologias/leis que possibilitem uma eficaz e real gestão ambiental (racionalidade técnica) e uma nova compreensão sobre a inter-relação que existe entre as diferentes culturas e suas respectivas formas de apropriação/significação da natureza (racionalidade cultural, orientada por uma política de interculturalidade).

Dessa maneira, repensando e reconfigurando as significações da natureza de acordo com cada cultura, tendo como ponto de partida alguns princípios básicos de proteção ao meio ambiente, torna-se possível (ainda que difícil) a formação de novas maneiras de produção de bens da vida efetivamente sustentáveis - já que é somente alcançando as bases paradigmáticas e epistemológicas que se torna viável uma transformação que ultrapasse a "simples" internalização dos custos ecológicos (que, na verdade, segundo o autor, não possuem caráter de coisa quantificável na concepção economicista).

O que quero dizer é que ainda que seja um passo relevante para a preservação ambiental a adoção ao vegetarianismo, as mazelas sociais e ambientais causadas pela exploração da terra sob a forma hegemônica da monocultura (da soja, da cana de açúcar...) continuarão a existir.

O negócio é radicalizar.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Água: como pensamos e o que podemos fazer

"A pura comodidade de usar uma torneira e a eficiência de nosso serviço local criam a ilusão de que a água é inesgotável. Só quando não sai água da torneira, quando sai de cor marrom ou quando o banheiro entope, então a água entra em nossa consciência."

Chris Hedeman (account manager da CDP Water Disclosure)

No momento em que li essa frase fiquei pensando: não é que é verdade?

Quando somos questionados sobre o que pensamos sobre a água e modo com que ela é utilizada, e a resposta é praticamente uniforme: é muito ineficiente, não é sustentável, o mundo enfrentará em não muito tempo a escassez no fornecimento de água.

Certo. Porém respondemos pensamos na utilização de água predatória, ou seja, feita por indústrias têxteis, metalúrgicas, mineradoras, indústrias químicas, cidades inteiras sem saneamento básico, quer dizer, grandes poluidoras.

Contudo, não sentimos o reflexo direto dessa poluição. É claro, pois a água em nossa torneira sempre chega límpida e incolor. As pessoas só imaginam que alguma coisa não está lá muito certa quando da ocorrência de problemas citados na frase inaugural.

Até lá, não há qualquer percepção de que a água não vem simplesmente "da torneira", mas sim de um rio ou similar e que passa por todo um processo tratamento até chegar à dita torneira.

Entretanto, não são apenas com as grandes poluidoras que deveríamos atentar. Nossos hábitos diários são também fortes utilizadores diretos de água.

Exemplo de hábitos que consomem diretamente água*:
- Banho de Ducha de 15 minutos: 243 L
- Descarga comum: 15 L por acionamento
- Lavadora de roupas com capacidade de 5 quilos: 135 L por ciclo de lavagem.
- Torneira pingando 1 vez a cada 5 segundos: 20L por dia
- Vazão média de uma torneira: 16L/min
- Lavadoura de Louças: 40L de água por lavagem
- Evaporação água da piscina tamanho médio: 3.785 L por mês

Contudo, se adotarmos o conceito de água virtual, o seu uso em Litros se potencializa exponencialmente.

Sobre o conceito de água virtual:
http://www.youtube.com/watch?v=wA2WUncZgyc

Água virtual é, portanto e grosso modo, o quanto de água total se gasta para produzir determinado produto.

Para uma única camiseta básica, por exemplo, são gastos 2.700 L de água. No cafézinho são 140 L de água. Pense que isso pode se tornar um sério problema quando estamos falando de regiões onde o fornecimento de água já é regulado, como o Paquistão por exemplo.

Apesar de interessante, a discussão no momento não é água virtual. Volto, portanto, ao objetivo.

Que tenhamos, contudo, isso tudo em mente ao criticarmos o modo com que a água é utilizada pelas indústrias que citei mais acima.

Por fim, ciente da impossibilidade de eliminar os nossos hábitos, sugiro pensar, ao menos, em levarmos um uso consciente da água para nosso dia-a-dia. Que deixemos de pensar na água apenas quando nos perguntarem dela ou quando houver algum problema com nossa "torneira".

Remeto o leitor que estiver interessado a um link simples e com dicas eficientes para que reduzamos o uso de água no nosso dia - seja em casa, no nosso condomínio ou em nossa cidade - sem, contudo, nos desapegarmos do que nos é essencial.

* LINK

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Descarte de Remédios

Dê uma olhadinha na sua caixinha de remédios. Algum fora da validade? Algum que te deu muita dor de estômago? Algum que você não toma mais? Não jogue no lixo... Veja este link e saiba o que fazer com eles.
http://www.descarteconsciente.com.br/
A natureza agradece!

(Transcrição de email da minha amiga Paula Nigro)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

COP-16

COP-16 dá sobrevida às negociações climáticas


"Encerrada no dia 11 de dezembro em Cancun, no México, a COP-16 teve como principal mérito não enterrar de vez as esperanças mundiais quanto à concretização de um acordo obrigatório que possa dar seqüência ao Protocolo de Kyoto e enfrentar as conseqüências do aquecimento global enquanto ainda é tempo. Parece pouco. E, é. A COP-16 não avançou um milímetro sequer na definição da segunda fase de Kyoto (a primeira se encerra em 2012) Desta vez, no entanto, os governos ao menos acataram os repetidos alertas emitidos pelos cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, reconhecendo a situação de emergência climática."


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Avaaz

Caros amigos!

Mais uma vez, relato uma oportunidade de ativismo virtual!
Já assinei várias petições enviadas por eles para meu email....

Copio o último email que recebi, falando sobre a atuação deles e a necessidade de doação de valores.

Feliz natal e ano novo a todos!

Abraços,

Luiza.



"Querida comunidade maravilhosa da Avaaz,



Por causa dos seus esforços a minha voz é ouvida - e a de milhões de outras pessoas. É muito bom não ser ovelhas e sim leões! Muito obrigado!!!!
- Janneke, membro da Avaaz da Holanda

Que caminhada incrível nós compartilhamos – em menos de 4 anos, nós nos tornamos o maior movimento online global da história, com quase 6,5 milhões de pessoas, e somando 60.000 novas pessoas por semana! E nós estamos apenas começando...

Eu acho que o que nos une é que nós nos importamos. Que tipo de pessoa doa $10 ou assina uma petição enquanto ninguém está olhando? Só mesmo alguém “Avaazy”. Eu e minha equipe nos sentimos muito sortudos por nosso nosso trabalho ser servir esta comunidade incrível, dedicada, diversa – vocês são os melhores chefes que poderíamos pedir – obrigado!

Juntos nós estamos cumprindo uma agenda ambiciosa na qual votamos -- desafiando o “lobby do carbono” corporativo que está mantendo o mundo refém das mudanças climáticas, protegendo as nossas florestas e oceanos, confrontando o crime organizado e o terrível comércio do estupro, trabalhando pela paz e direitos humanos desde o Oriente Médio até a Birmânia.

Para fazer tudo isto, nós precisamos que algumas pessoas se ofereçam para ajudar a financiar os custos da pequena equipe da Avaaz. No começo do ano 86% de nós votamos para construir uma base de mantenedores da Avaaz para alavancar o nosso trabalho e expandir o nosso impacto.Só $3 ou $5 por semana, o preço de dois cafezinhos, seria o suficiente para fortalecer o trabalho que irá ajudar milhões. Clique abaixo para ajudar:

https://secure.avaaz.org/po/sustain_avaaz/?vl

Neste mês, nós estamos lançando uma iniciativa de captação fundamental para garantir fundos suficientes para manter a nossa comunidade que cresce. Estas contribuições mensais de mantenedores, significam que a Avaaz pode agir de forma imediata a crises quando elas surgem, nos mobilizando rapidamente assim que surgem oportunidades de campanha. A Avaaz é 100% financiada por estas pequenas doações online da nossa comunidade – para não sermos influenciados de nenhuma forma por governos, empresas privadas ou indivíduos ricos.

Uma pequena doação de $3 ou $5 por semana de 10.000 Avaazers iria cobrir todos os custos básicos da nossa pequena equipe, ajudando a salvar vidas em emergências humanitárias, protegendo o meio ambiente e a fauna, lutando contra a corrupção e o crime organizado, defendendo a paz e combatendo a pobreza.

Muitos de nós já doamos para uma causa ou ong – eu também. Mas vale a pena apoiar a Avaaz - porque as doações não só geram mudanças agora, mas cada contribuição ajuda a fortalecer a nossa comunidade para gerar mudanças socias por décadas futuras. É um investimento com retornos imediatos e a longo prazo para o futuro das nossas crianças e do planeta. Clique para contribuir:

https://secure.avaaz.org/po/sustain_avaaz/?vl

Nos nossos primeiros 3 anos e meio, a Avaaz se tornou uma poderosa voz global porque membros se uniram, transformando o pouco tempo que cada um tem para dedicar-se a questões sociais em uma poderosa voz coletiva. Se nós conseguirmos unir esforços da mesma forma, compartilhando pequenas quantias de dinheiro que podemos contribuir, nós levaremos a nossa comunidade e o nosso impacto, para outro patamar. Mal posso esperar.

Mesmo se você não puder assumir este novo compromisso, é uma honra compartilhar esta jornada pela esperança e um mundo melhor com você. Não importa se você compartilha tempo, dinheiro ou o bem, eu e a equipe da Avaaz estamos determinados em sermos grandes parceiros, e guardiões responsáveis e competentes da sua esperança tempo e recursos. Porque se nós nos unirmos, tudo é possível.

Com esperança e gratidão por esta comunidade maravilhosa,

Ricken Patel
Co-Fundador e Diretor Executivo
Avaaz".

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Sustentabilidade - A Legitimação de um Novo Valor"

Por Ricardo Abramovay
Para o Valor, de São Paulo 30/11/2010


As duas mais conhecidas definições de sustentabilidade são enfaticamente rejeitadas no novo livro de José Eli da Veiga. Não se trata, em primeiro lugar, de "alcançar as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de alcançar suas próprias necessidades", conforme preconiza o Relatório Bruntland. Tampouco o tema pode ser resolvido pela célebre metáfora do tripé, em que econômico, social e ambiental são analiticamente separados para se juntarem depois numa espécie de triângulo mítico. Em ambos os casos fica de fora o essencial: sustentabilidade é um valor e, portanto, um convite para que se desfaça o mais importante pilar das ciências sociais de nosso tempo, o que afastou a economia da ética e a sociedade da natureza.

No que se refere à definição de Bruntland, por exemplo, não é possível falar genericamente de necessidades, presentes ou futuras, sem que se discutam os padrões de consumo contemporâneos. Quanto ao tripé, a sustentabilidade não consiste em fazer mais do mesmo, mas com um pouco menos de dano ambiental e um pouco mais de preocupação social. O que está em jogo é o sentido e o significado, para as sociedades contemporâneas, do objetivo básico em torno do qual se organizam as políticas e os agentes econômicos: o crescimento incessante da produção de bens e serviços e sua medida consagrada, o PIB.

Estudar a sustentabilidade como um valor não retira em nada o alcance científico do uso desse termo. O primeiro capítulo do livro apresenta de forma didática as vertentes fundamentais do pensamento econômico voltado ao tema, sempre com base em exemplos concretos. Por mais que o progresso técnico (juntamente com a mobilização social, é claro) tenha contribuído para reduzir a insustentabilidade de alguns dos mais importantes processos produtivos atuais, a verdade é que o consumo de materiais, de energia e as emissões de gases de efeito estufa não cessa de aumentar: os ganhos de eficiência foram globalmente mais que contrabalançados pela elevação espetacular do consumo. Assim, mesmo que não seja possível definir de forma clara e distinta a sustentabilidade, é possível dizer que a trajetória atual das sociedades humanas é insustentável.

O segundo capítulo oferece o panorama da agonia da era fóssil. É equivocado o raciocínio tão frequente de que as soluções tecnológicas para superá-la estão disponíveis e que só falta vontade
política para que sejam aplicadas. Da mesma forma, a ideia corrente de que as emissões de gases de efeito estufa originam-se nos países ricos e que estes convivem cinicamente com seus resultados, jogando o prejuízo nas costas dos pobres, por meio de políticas protecionistas, é totalmente míope. A participação dos países desenvolvidos nas emissões despencou de 85% do total em 1990 para 44% em 2004. E deve ir para um terço em 2012. Isso decorre de um fator virtuoso, que é o progresso tecnológico. Mas deve-se também ao fato de que indústrias e atividades intensivas em carbono foram transferidas para nações emergentes, como China, Índia, África do Sul e Brasil.

As negociações internacionais em torno da transição para uma sociedade de baixo carbono mostram-se pateticamente incapazes de promover avanços. Mas isso não significa paralisia. Dois fatores são essenciais nesse processo, como se lê no terceiro capítulo do livro. Por um lado, a dependência de energias fósseis cria um problema de segurança nacional para os países mais poderosos do mundo, a começar pelos Estados Unidos e China. Além disso, pode-se dizer que a fronteira tecnológica e científica da inovação produtiva contemporânea é movida em grande parte pela urgência da descarbonização da vida econômica. Isso cria uma espécie de nova agenda da cooperação internacional, que vai além da transferência de tecnologia e supõe uma verdadeira partilha dos conhecimentos necessários a que sejam melhoradas as técnicas produtivas e as capacidades de preservação dos serviços essenciais dos ecossistemas.

Mas nada disso poderá ser levado adiante se as sociedades permanecerem dominadas pelo mito de que o crescimento é a finalidade essencial da própria vida econômica. É o que se discute no quarto capítulo do livro. Nesse sentido, não é apenas a sustentabilidade que é um valor: quando Amartya Sen define o desenvolvimento como o processo permanente de ampliação das liberdades substantivas dos seres humanos, ele promove uma espécie de revolução copernicana. A riqueza deixa de ser uma finalidade e converte-se num meio cujos fins só podem ser alcançados por discussões democráticas de natureza ética e política. Sustentabilidade não é continuar cultivando a produção pela produção, só que de forma esverdeada. É, antes de tudo, submeter, por meio do debate público, inspirado por valores, a vida econômica às necessidades sociais e reconhecer os limites dos ecossistemas. A boa notícia é que não se trata apenas de uma discussão filosófica e, sim, da posição explicitamente assumida por parcela cada vez mais expressiva do próprio "mainstream" da ciência econômica.

Ricardo Abramovay é professor titular do departamento de economia da FEA, coordenador de seu núcleo de economia socioambiental, orientador do Instituto de Relações Internacionais da USP e pesquisador do CNPq e da Fapesp.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Punição Ambiental é Educativa - diz o STJ

Agropecuária mineira é condenada a pagar R$ 150 mil por dano ambiental

A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação de uma fazenda agropecuária mineira pelo uso de agrotóxico ilegal. O Furadan teria provocado a morte de centenas de pássaros na região, fazendo com que o Ministério Público estadual propusesse ação civil pública por dano ambiental contra a empresa. Na ação, a agropecuária foi condenada ao pagamento de indenização no valor de R$ 150 mil pela morte de 1.300 pássaros da fauna silvestre.

A condenação da agropecuária foi determinada em primeira instância e mantida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Em seu acórdão, o tribunal afirmou que a responsabilidade por dano ambiental é objetiva e implica prejuízo a toda a coletividade. O TJMG considerou o princípio do poluidor-pagador, segundo o qual quem explora atividade potencialmente poluidora tem o dever de reparar os danos decorrentes dessa atividade.

No recurso ao TJMG, a agropecuária tentou reverter a decisão, alegando que houve falta de fundamentação da petição inicial, que não delimitou a responsabilidade da empresa nem o valor do dano a ser reparado. A fazenda ainda tentou descaracterizar o episódio como dano ambiental, além de argumentar que teriam morrido 300 aves, sem haver comprometimento do meio ambiente.

Como o pedido de apelação não foi aceito, a agropecuária ingressou com recurso especial no STJ. Apontou que o Ministério Público teria restringido a ação ao meio ambiente local, mas que a sentença extrapolou esse pedido, ao condená-la pela morte de pássaros de várias espécies em região muito ampla. Também se manifestou pela necessidade de perito para que o juiz pudesse quantificar o valor da condenação. Além disso, pedia a revisão do valor para que fosse revertida na compra dos pássaros.

Para a Segunda Turma, a decisão do TJMG não foi omissa ou obscura. Segundo o relator, ministro Castro Meira, a decisão, mesmo não fazendo referência ao temo “local”, apontou a existência de dano ao meio ambiente causado pela atividade da agropecuária. “O entendimento contrário implicaria compartimentar o meio ambiente em áreas estanques, possibilitando que, eventualmente, uma redação imprecisa na petição inicial viesse a inviabilizar o cumprimento do ditame constitucional de garantia fundamental de gozo de um meio ambiente equilibrado”, diz em seu voto.

Em relação à possível irregularidade na fixação do valor da indenização pelo juiz de primeiro grau, a Turma rejeitou essa tese. Segundo os ministros, o magistrado poderia fixar o valor com base nos elementos do processo e seguindo os critérios da Lei n. 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais).

O ministro Castro Meira afirmou que a punição pelo dano ambiental tem natureza educativa e o intuito de evitar a repetição da falha. Sobre a revisão da indenização, a Turma julgou não ser possível considerar apenas o valor unitário de cada pássaro. “A mensuração do dano ecológico não se exaure na simples composição numérica dos animais mortos, devendo-se também considerar os nefastos efeitos decorrentes do desequilíbrio ecológico decorrente da ação praticada”, explicou o ministro Castro Meira

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A internet e a proteção ao meio ambiente

Quais as possibilidades de emancipação social (e, portanto, de proteção do meio ambiente, visto que a dominação existente sobre os mais fracos tem a mesma origem, como já apontado) com o uso da internet como instrumento de contestação pelos movimentos sociais?

Sem dúvida, um assunto que dificilmente escapa à análise das questões ambientais é a sua dimensão transfronteiriça, a qual é fortalecida pelo avanço das práticas globalizantes/globalizadoras, realizadas com maior ênfase a partir da década de 1980. Nesse contexto, Boaventura de Sousa Santos (A Globalização e as Ciências Sociais. São Paulo: Cortez, 2002) aponta a existência de dois tipos de globalização: 1) aquela que é homogeneizadora, que impõe práticas inicialmente locais aos demais espaços do globo, basicamente aquela que se constitui em concretização da dominação dos mais fortes sobre os mais fracos; 2) a contra-globalização ou globalização anti-hegemônica, que surge como contestação, combate às imposições resultantes do processo anterior - sendo uma das suas manifestações o "cosmopolitismo" ou, mais simplesmente, os novos movimentos sociais, realizados em escala global ou com temas que sejam de interesse global.

A partir disso, retorno à pergunta anterior, para destacar que, de fato, a possibilidade de operacionalização desses movimentos globais está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação - dentre as quais, destaca-se a Internet.

Para autores como Manuel Castells (A sociedade em rede. Trad. Roneide Venancio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 1999, v. 1) e André Lemos (Cibercultura, tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2002) as novas tecnologias da informação verdadeiramente revolucionaram o modo de vida humana a ponto dos mesmos defenderem que hoje vivemos na "sociedade da informação", que passa a desenvolver uma nova cultura, que pode se denominada de cibercultura - tudo isso em razão de novas formas de sociabilidade.

No entanto, é necessário recordar que ainda que essas novas tecnologias engendrem novas formas de trocas sociais e culturais - tendo em vista o fato de que a produção da informação/conhecimento e a sua troca ocorre a partir de várias origens (como esse próprio blog!), quebrando os antigos padrões dos meios de comunicação de massa (como a televisão e o rádio) em que emissor e receptor da mensagem eram facilmente identificados (hoje já não mais de forma absoluta) - nem todos têm acesso a esse meio de comunicação em termos globais. Assim, considerando que em termos gerais os países com maior acesso à rede são os países centrais, tem-se como conclusão inicial que o conteúdo das manifestações são predominantemente originários daqueles que realizam o processo de globalização hegemônica.

A minha intenção aqui não é demonizar as novas tecnologias - já se sabe que percepções maniqueístas são essencialmente redutoras da realidade, pois todos os fenômenos são bons e ruins ao mesmo tempo - mas alertar para o fato de que esse novo instrumento deve ser enxergado também, analogamente, a partir do nosso Princípio da Precaução; ele deve ser utilizado e sua expansão deve ser promovida com o objetivo de transformarmos as trocas de poder hierarquizadas em "trocas de poder de autoridade partilhada" (Santos, op. cit.), realizando movimentos que busquem a emancipação social - e, como já dito, uma nova relação com a natureza.

Para exemplificar isso, trago o link da Sociedade Mundial de Proteção Animal, que realiza atividades concretas e, também, movimentos via email - utilizando a rede como meio de proteger o meio ambiente, buscando estabelecer uma nova visão da relação ser humano-natureza menos hierarquizada. Link: http://www.wspabrasil.org/

Vale a pena acessar, cadastrar-se e participar das campanhas promovidas pela mesma. Isso é ativismo virtual!

Reserva Legal

Continuando, sobre a Reserva Legal e a ideias da Ilustríssima Senadora Katia Abreu (para mim, a pior e mais malévola mente do país quando se trata de meio ambiente).

Alguns meses atrás, eu estava em Brasília no Congresso das Carreiras Jurídicas de Estado e ouvi do representante da UNICA (União da Indústria Canavieira/Sulcroalcooleira ou algo assim...), em sua palestra, algumas pérolas...

Para começar, ele lançou suas sensacionais credenciais acadêmicas. Depois falou que conhecia 84 países. Tudo isso de forma altamente intimidatória. Ou seja, tinha a seguinte mensagem subliminar: eu sei tudo, não se atrevam a discutir comigo!

Quando peguei o microfone e rebati: - Bom, eu não tenho essas credenciais acadêmicas, nem conheço 84 países, mas sou uma cidadã brasileira preocupada com a questão ambiental. E isso me autoriza a falar. A partir daí, falei. E falei muito.

O representante da UNICA falava da reserva legal com desprezo. Uma das pérolas: "Reserva legal" era referida como  "florestinha".... Disse a ele que, se fossem florestinhas, não haveria uma cruzada contra ela... não haveria todo esse empenho da bancada ruralista em acabar com o instituto.

Ele disse que reserva legal só existia no Brasil. Respondi que deveríamos nos orgulhar de possuir uma legislação ambiental altamente avançada - em vez de querer retroceder e extinguir institutos.

Nossa discussão com ele abrangeu muitos pontos. Diversos procuradores do IBAMA pegaram o microfone e se insurgiram contra as barbaridades desse senhor - que infelizmente saiu antes da hora e não pôde ouvir o que tínhamos a dizer... Até mesmo a Procuradora-Geral do INCRA falou em defesa do nosso Código Florestal.

No final, fiz um desabafo: depois da fala do Sr. da UNICA, eu realmente me senti intimidada - porque o capital fala com muita arrogância. Fala do alto de um pedestal. Você não pode nem se atrever a olhar. A prepotência faz com que você duvide de suas certezas. Será que você pode ousar e discordar de tamanho brilho e poder?

Nós ousamos. E saímos de lá com a alma lavada.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Kátia Abreu

Reserva legal é inútil, diz senadora
Para Kátia Abreu (DEM), País mistura área de conservação com produção econômica
07 de dezembro de 2010 | 0h 00

Afra Balazina ENVIADA ESPECIAL / CANCÚN - O Estado de S.Paulo
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), classificou a reserva legal como um "corpo estranho" na propriedade rural que afeta o lucro. Para ela, a reserva tem apenas finalidade paisagística.
A reserva legal varia de 20% a 80% do tamanho da propriedade. Na Amazônia é de 80% e na Mata Atlântica, de 20%. A senadora defende a separação das unidades de produção e de conservação. "Se eu coloco um corpo estranho numa unidade de produção econômica, atrapalho essa engrenagem." Segundo ela, a preservação deve se dar em parques nacionais, estaduais e municipais. "Se eu começar a fazer unidade de produção dentro do parque, também vai ser um corpo estranho", argumenta.
 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Concurso para o IBAMA

O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE abre inscrições nesta segunda-feira (6) para 200 vagas de analista ambiental da carreira de especialista em meio ambiente - 10 vagas são reservadas deficientes. Os candidatos devem ter nível superior em qualquer área. O salário no primeiro ano de trabalho é de R$ 5.137,24, correspondente a vencimento básico de R$ 3.375,64 e gratificação de desempenho de atividade de especialista ambiental de R$ 1.761,60. No segundo ano, após um ano de efetivo exercício, progressão funcional, primeira avaliação de desempenho e atendidas às exigências da legislação vigente, a remuneração poderá ser de até R$ 6.053,35, correspondente a vencimento básico de R$ 3.512,35 e gratificação de desempenho de atividade de especialista ambiental de até R$ 2.541.o ano de trabalho é de R$ 5.137,24, correspondente a vencimento básico de R$ 3.375,64 e gratificação de desempenho de atividade de especialista ambiental de R$ 1.761,60. No segundo ano, após um ano de efetivo exercício, progressão funcional, primeira avaliação de desempenho e atendidas às exigências da legislação vigente, a remuneração poderá ser de até R$ 6.053,35, correspondente a vencimento básico de R$ 3.512,35 e gratificação de desempenho de atividade de especialista ambiental de até R$ 2.541.

Disque Denúncia - Infrações Ambientais

Para denúncias
sobre crimes e infrações ambientais,
disque LINHA VERDE:
0800 61 8080

O Movimento Ambientalista

Acredito que, ao falarmos em meio ambiente, políticas públicas, sustentabilidade e mudanças globais, é inevitável pensarmos no movimento ambientalista.
Muitos ainda veem o chamado "movimento ambientalista" como um grupo (às vezes muito grande) de "ecochatos" que carregam cartazes, gritam, protestam, quebram coisas e só querem saber de bagunça. Isso pode ter sido verdade no passado, mas não hoje.
Hoje, os ambientalistas fazem essas mesmas coisas, mas também estão no Congresso Nacional, fazendo lobbies, ocupando as cadeiras do Conselho Nacional de Meio Ambiente (e outros!), estão organizados (e profissionalizados!) em ONGs muito influentes na formulação de políticas públicas, seja pela qualidade de sua produção científica, seja pelo impacto que suas ações possuem na opinião pública.
Acredito também que, ao falarmos em meio ambiente, não podemos deixar de fora os grupos que estão ganhando força nas arenas de tomada de decisão, como os ambientalistas, os indígenas, os seringueiros, quilombolas e outras figuras da sociedade civil organizada que tem como bandeira questões relacionadas ao ambiente.
Deixo como sugestão o filme "Batalha em Seattle", que fala sobre uma manifestação, em 1999, contra a Organização Mundial do Comércio e que tomou proporções gigantescas. O filme é baseado em fatos reais (inclusive com algumas cenas!) e mostra aspectos interessantes sobre os ambientalistas e sua atuação: há aqueles que agem promovendo as passeatas, levando os cartazes e chamando a atenção da população para o problema; outros, apresentando suas pesquisas científicas; outros argumentando sobre os efeitos das decisões sobre a economia etc. Além disso, mostra como um determinado problema é considerado pelos poderosos, como as decisões são tomadas e o que nós (reles mortais!) temos a ver com essa história!
Vale a pena conferir!


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Eco4planet.com

Vocês conhecem o eco4planet.com?

A seguir, o texto de apresentação do site, retirado do próprio blog!

Não nos custa nada adotá-lo... ;)


"O eco4planet é um portal de tecno-ecologia, oferecendo buscas via Google™ CSE, mantendo assim a mundialmente reconhecida qualidade dos resultados, em estrutura também rápida e simples.

Além disso oferece conteúdo e ferramentas para compartilhamento de informações ligadas à sustentabilidade e meio ambiente, como este blog, fórum e twitter.

Seu maior diferencial é a atuação direta através do plantio de árvores baseado no número de visitas recebidas e a possibilidade de uso em tema preto que pode economizar até 20% da energia consumida pelo monitor se comparado ao tradicional fundo branco.

Além da contagem de árvores e visitas em tempo real na capa do eco4planet,os plantios, que já ultrapassam as centenas de mudas, podem facilmente ser acompanhados neste blog, em matérias que apresentam data, local, espécies, fotos, vídeos e nomes dos participantes, tudo para garantir a máxima transparência. Além disso a participação de voluntários é sempre bem-vinda.

E qual a economia de energia gerada pelo fundo preto? Até 20% em monitores CRT (tubo) no qual a iluminação depende da cor exibida e, em menor escala, Plasma, OLED e AMOLED.

Considerando as mais de 2,55 bilhões de buscas diárias realizadas na Internet com tempo médio estimado em 10 segundos por pesquisa e levando-se em consideração a proporção de monitores com cada tecnologia, temos que, com um buscador de fundo preto, a economia anual seria de mais de 7 Milhões de Kilowatts-hora!"

Para acessar o blog e se informar mais: http://blog.eco4planet.com/o-que-e-o-eco4planet-e-por-que-usar/

Na ícone "Ferramentas" do seu navegador, você pode configurá-lo como página inicial!! Vale a pena! ;)

Abraços e bom final de semana a todos!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Paraná proíbe animais em circo!

A ativista Rosana Gnipper, da ECOFORÇA, acaba de nos informar que foi derrubado o veto do Governador ao PL que proíbe a utilização de animais em circos. O veto foi derrubado pela unanimidade dos 44 deputados estaduais presentes. Os deputados salientaram a organização do movimento de defesa dos animais no país, em virtude da quantidade de mensagens que novamente receberam pedindo apoio ao projeto.

Estiveram presentes à votação representantes da Associação Ambientalista Ecoforça, Movimento SOS Bicho de Proteção Animal, Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba, Pense Bicho, Organização Viralatas de Controle e Proteção Animal, além de diversos protetores independentes.

Parabéns às organizações e a todos os ativistas e simpatizantes da causa que se manifestaram e contribuíram para mais uma vitória dos animais!

Sentiens Defesa Animal

Lançamento da Etiquetagem Residencial INMETRO

Eletrobrás e INMETRO lançaram, na ultima segunda feira dia 29 de novembro, o Regulamento Térmico da Qualidade - Residencial (RTQ-R) de etiquetagem residencial INMETRO no hotel Transamerica em São Paulo. Na cerimonia foram entregues as primeiras oito etiquetas residenciais.

Dentro do Programa Brasileiro de Eficiência, o INMETRO avalia e classifica o consumo energético de diversos equipamentos. A cada um dos equipamentos avaliados é atribuída uma etiqueta atribuindo uma classificação de A a E (de mais eficiente a menos eficiente). As etiquetas das geladeiras são um exemplo desse programa.

Com Regulamento Térmico da Qualidade - Residencial (RTQ-R), a partir de agora o INMETRO também classifica o desempenho térmico de edificações residenciais. Sabendo que os edifícios consomem 40% da energia primária mundial, a escolha de edificações mais energeticamente mais eficientes é um imperativo ambiental. Através da etiqueta o consumidor terá informação que permitirá fazer uma escolha mais informada e consciente sobre os imoveis na hora da sua compra.

O RTQ-R vem assim juntar-se ao Regulamento Térmico da Qualidade Comercial que enfoca edificações comerciais, de serviços e publicas, em vigor desde o ano passado. RTQ-R e RTQ-C são atualmente facultativos, tornando-se no futuro obrigatórios. Ambos os regulamentos foram fruto de um convênio entre o programa PROCEL/EDIFICA e o Laboratório de Eficiência Energética em Edificações da Universidade Federal de Santa Catarina.

Em posts futuros, voltaremos a este tema com mais detalhes.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vínculo-limite e Igualdade-diferença

Caros amigos, gostaria de dividir algumas reflexões com vocês... começo, citando dois autores que eu gosto muito para, então, levantar tais questionamentos.

"Esta crise é simultaneamente a crise do vínculo e a crise do limite: uma crise de paradigma, sem dúvida. Crise do vínculo: já não conseguimos discernir o que nos liga ao animal, ao que tem vida, à natureza; crise do limite: já não conseguimos discernir o que deles nos distingue". OST, François. A natureza à margem da lei: a ecologia à prova do direito. Lisboa: Instituto Piaget, 1995, p. 9.

"... temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza”. SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2008, p. 313.

Ambos os trechos, revelam relações de dominação e subordinação existentes - primeiramente, na relação ser humano-natureza; no segundo caso, entre os próprios seres humanos. Ainda mais, demonstram a lógica de pensamento que se estabeleceu na modernidade: analítica, fragmentadora, hierarquizante, homogeneizante. Trata-se de um projeto de emancipação social (frente à metafísica) que apelou à razão como fonte do conhecimento, submetendo a natureza a esse diferencial do ser humano. Mas, não a qualquer razão! Essencialmente, à razão ocidental, cartesiana, científica, masculina, branca, proprietária - subjugando grupos sociais e conhecimentos não compreendidos nessas categorias.

A minha intenção é lembrar-nos que é o mesmo processo lógico que orienta a formação do conhecimento que possibilita (ainda) a aceitação da exploração da natureza e de certos grupos sociais. A luta pela proteção do meio ambiente e a luta pela reinvenção da emancipação social têm a mesma origem!
Por isso, é no nível paradigmático que devemos buscar uma mudança de visão, que seja dialética ao ponto de compreender os embates descritos pelos autores acima - dentre tantos outros. Um novo paradigma, pautado por uma teoria da complexidade (Edgar Morin), continuamente construído e desconstruído pelo processo de desenvolvimento histórico-natural.

E, para isso, uma nova educação. "Repensar a reforma, reformar o pensamento" (Edgar Morin).



"Tóxicos" - Greenpeace


Quando falamos em meio ambiente, pensamos (geralmente) em florestas, cachoeiras, praias, paisagens bonitas, animais selvagens... às vezes não nos damos conta de que somos parte de tudo isso!

Nosso alimento, o ar que respiramos, a água que bebemos, o sol que nos aquece, enfim...

Da mesma forma, o que jogamos fora, o esgoto que despejamos nos rios, os resíduos tóxicos gerados em algumas plantas industriais também passam a fazer parte do ambiente. E agora?

Recomendo esse vídeo do Greenpeace para assistirmos e pensarmos a respeito!



Pensemos...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Nosso mundo!

Como é o nosso mundo? Como vemos esse mundo?

Como uma imagem vale mais do que mil palavras, convido a todos a conhecer um mundo que nem sempre aparece na televisão, nas revistas ou do outro lado da rua.

Clique aqui para ver!

Afinal, que mundo é esse? Quem vive nele? O que estão fazendo com ele?

Pensemos...

Apresentações

Queridíssimos,

Sugiro que cada um dos colaboradores mande (pra mim: giorgia@gmail.com) uma pequena apresentação pessoal, pois alguns dos membros ainda não se conhecem... Assim fazemos um post reunindo essas apresentações. Que tal?

Beijão,
Giorgia

Boas Vindas!

Ecolóquios dá as boas vindas aos redatores que já incluíram seus posts! E convoca os demais para que publiquem suas ideias. Para fazer isso, basta entrar no site do blogger  com o user do gmail e a respectiva senha. A edição é simples, rápida e fácil, como mandar um email!

Estamos organizando uma escala semanal para que o blog nunca fique sem posts: Sábado: Luan, Domingo: Emanuel, Segunda: Lívia, Terça: Giorgia, Quarta: Luiza, Quinta: Miguel. Falta um/a voluntário/a para a sexta. E todos os dias podem ter mais de um redator. A ideia é manter o blog sempre ativo, sempre com novidades!

Contudo, a despeito do "dia obrigatório" de cada colaborador, todos podem postar todos os dias. Não há  limites.

Abraço de nuvem a todos!

Ecolinks

Estamos aceitando dicas de links verdes (testados e aprovados) para a nossa seção Ecolinks! Dicas são sempre muito bem vindas!

Discurso - Orlando Villas-Bôas

Segue um interessante trecho de discurso proferido pelo grande humanista, sertanista e indigenista brasileiro, Orlando Villas Bôas no ano de 1974, quando do recebimento do título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Mato Grosso. Acho que ele pode nos trazer boas reflexões:


“Nos tempos atuais, os que detêm o poder econômico e político, agindo como homens práticos, julgam-se habilitados a conduzir o mundo para um brilhante futuro. Na concepção de todos eles – ressalvadas algumas exceções – o desenvolvimento material, o progresso conseguido por meio de uma tecnologia cada vez mais refinada e complexa, é suficiente para solucionar todos os problemas da humanidade. E tudo aquilo que se opõe a essa ordem de idéias é imediatamente incluído no plano do romantismo e da utopia. Entretanto, enganando-se a si próprio e demonstrando não serem tão pragmáticos como imaginam, procuram não aceitar o fato de que estão impelindo o mundo para aquele destino sombrio, antevisto pelo grande Solzhenitsyn no documento que dirigiu aos líderes de seu país, à humanidade, e a cada um de nós em particular. Nesse documento, o notável humanista incluiu o Brasil entre os raros países que detêm extensas regiões ainda não contaminadas, não comprometidas para a sobrevivência do homem.
Não pretendemos, evidentemente, que seja estancado o nosso desenvolvimento, ou que se regresse a posições já ultrapassadas. Em resumo, não preconizamos o retorno ao coche, ao lampião a gás, ao navio à vela. Continuemos o progresso, mas um progresso verdadeiro, suavizado, que não implique a desumanização do trabalho e do relacionamento entre os povos, as classes e as criaturas entre si.
Por que não animar a fúria presente, essa corrida desenfreada para a conquista de novas riquezas e de poderes ilimitados? Se nessa altura já verificamos que simples ideologias políticas não encerram a solução para os grandes, profundos e os antigos problemas do homem, usemos então o discernimento, os poderosos recursos da ciência e da consciência moral, a fim de atingirmos o ideal a que todos os homens livres aspiram: um padrão de vida em consonância com a dignidade humana. Logicamente, não seria apenas através de uma reformulação das relações entre as criaturas que se poderia alcançar essa estabilidade social. É necessário também – e mesmo imprescindível – que o meio ambiente seja preservado como espaço vital para as gerações que nos sucederão.
Talvez o clarividente Solzhenitsyn não soubesse – quando se referiu ao Brasil – que já estamos resolutamente engajados no desastroso processo da poluição e da criação de novos desertos na face do globo.

Sem levar em conta a imensa desproporção de autoridade e conhecimento que nos distancia do humanista russo, ousamos dizer que estamos no mesmo campo, e que, assim como ele, certamente não seremos ouvidos naquilo que mais nos diz respeito: a defesa de nossas etnias indígenas e das vastas florestas do interior. É oportuno lembrar que , com relação a estas ultimas, não estamos atentando para os erros do passado, cometidos nas regiões mais férteis do país situadas ao sul, e que hoje estão ameaçadas por todas as formas da terrível erosão. Estamos, isso sim, através de projetos apressados, sem defender a terra, transformando em pastagens as áreas mais saudáveis e propícias à agricultura encontráveis no Brasil-Central e Amazônia. E ainda, não menos grave, implantando uma natureza de economia, da qual os futuros ocupantes das referidas áreas não poderão participar.

A civilização tem seus alicerces fundados na contribuição de todos os povos. Através da história temos contribuído de alguma forma. Hoje, nestes difíceis dias por que passa o mundo, ofereçamos um exemplo, um bem superior a todos os demais – construindo um Brasil novo, sem a preocupação de transfomá-lo numa “grande potência” , mas sim num país de ambiência humana.”

domingo, 28 de novembro de 2010

Agrotóxicos e os riscos invisíveis; + COP 16 começa amanhã

Como de costume, estava vasculhando o site da Envolverde - uma espécie de revista eletrônica cujo slogan é "jornalismo e sustentabilidade" - e me deparei com essa matéria bem recente sobre os tão falados "Agrotóxicos".

Resumindo a abordagem:

Trazendo diversos dados da ANVISA e do arcabouço legislativo brasileiro do qual, segundo a autora, dispomos contra o uso de agrotóxicos, o texto discute indiretamente a questão da sociedade de risco.

Relata a exposição diária a que estamos submetidos sem termos idéia exatamente de quais os efeitos (doenças). Alguns deles, no entanto, já foram apurados, estudados e divulgados mas, do mesmo modo, não podemos prever exatamente qual(is) nos atacará(ão) no futuro.

Pensando bem, é tensa essa questão de você não ter a menor idéia dos efeitos de algo que você consome. Aí eu vou ficar imaginando qual deles vai me atingir no futuro. Imagino uma espécie de roleta em, quando você gira e as doenças são distribuídas à sorte, isso tudo por você não saber o que tem na sua comida...
Desculpem o humor negro.

Ok, ao texto: AQUI

Aliás, para deixar um P.S., ler esse texto foi como se as falas e palestras de uma pessoa com quem trabalho ecoassem na minha cabeça. Não é que sensibilização dá resultado!

E ainda, para finalizar, pensemos sobre a reforma no nosso Código Florestal, às vesperas de ser aprovada, às vesperas da COP 16 que começa hoje (29/11/2010)...
Quanto a política ambiental internacional, o Brasil querendo puxar a carroagem, propondo metas voluntárias (36-38%) na redução de CO2 - maior do que a recomendada para países desenvolvidos -, querendo fazer bonito na frente do mundo ...

Contradição, hipocrisia? Greenwashing?

Só consigo pensar que o Legislativo e o Executivo não andam lá muito de mãos dadas.

sábado, 27 de novembro de 2010

Aproveitando os posts sobre consumo consciente e mercados verdes, proponho a leitura do texto abaixo, de autoria do professor Ricardo Abramovay (FEA-USP). Acreditem: consumo consciente não é só blá blá blá e, na construção de uma sociedade mais sustentável, o fator econômico deve ser sempre considerado.


Objetivos socioambientais por meio de mercados

Ricardo Abramovay
VALOR ECONÔMICO - 30/045/2009 – P. A 15

Consumidores eticamente ativos formam mais da metade dos 14.500 entrevistados em 15 países pela prestigiosa organização GlobeScan (Global Public Opinion and Stakeholder Research). A marca "comércio justo" (Fair Trade) lhes é familiar. Dois terços do universo total da pesquisa acreditam que a Fair Trade Labeling Organization é rigorosa ao emitir seus parâmetros de avaliação. Estas informações, divulgadas há alguns dias (http://www.globescan.com/), são coerentes com o fato de que em 2008 as vendas de produtos do comércio justo aumentaram 24% na Áustria, 40% na Dinamarca, 57% na Finlândia, 22% na França, 75% na Suécia, 43% no Reino
Unido e 10% nos EUA. Em nenhum dos 15 países pesquisados houve queda nas vendas em 2008, mesmo com o aprofundamento da crise.
A Starbucks é hoje o maior comprador do mundo em produtos do comércio justo. Ela optou por caminho diferente do escolhido pela Mc Donald's, que na Grã-Bretanha só vende café certificado pela Rainforest Alliance, uma prestigiosa ONG voltada tanto ao fortalecimento de comunidades locais como de práticas produtivas compatíveis com a integridade dos ecossistemas em países em desenvolvimento. Cadburry e Mars são também empresas que vincularam suas marcas a produtos certificados pelo comércio justo ou pela Rainforest Alliance, nos últimos anos.
É verdade que, comparado ao volume do comércio mundial, pode parecer exagero apoiar-se nestes produtos de sobremesa (café e chocolate) ou de artesanato (como muitas vezes é o caso no comércio justo) para defender que o mundo está entrando numa nova era de consumismo ético. Por isso é interessante examinar os resultados de um trabalho recente da consultoria internacional A. T. Kearney ("Green" Winners) mostrando que as empresas reconhecidas como sustentáveis pelos Índices Dow Jones e Goldman & Sachs tiveram resultados superiores a suas congêneres em 16 dos 18 setores examinados no ano de 2008. São companhias que (segundo os termos da consultoria A. T. Kearney) encaram a sustentabilidade não como obrigação filantrópica, mas como parte fundamental de sua estratégia de negócios.
Aqui também ao menos duas objeções podem ser levantadas: não é fácil demonstrar que o maior valor acionário destas empresas decorra realmente de suas práticas ambientais saudáveis (e não, por exemplo, de seu tamanho ou do prestígio geral de suas marcas). Além disso, é possível colocar em dúvida os próprios parâmetros a partir dos quais as empresas passam a fazer
parte destes índices.
O que, no entanto chama a atenção nestes dois trabalhos recentes, e mais ainda no recém lançado State of Green Business 2009 (www.greenbiz.com), é a intensidade com que um número crescente de organizações de mercado se lança no esforço de produzir rastreamento, selos de qualidade e certificação. É claro que está em jogo aí a reputação das empresas e de suas marcas. Esta reputação passa, cada vez mais, pela maneira como as companhias privadas se relacionam com os ambientes sociais em que atuam e de que dependem. Além disso, impressiona a produção cada vez mais detalhada de indicadores de desempenho que não se limitam aos preços e à qualidade imediata do produto para seus usuários.
Foi-se o tempo em que apenas produtos considerados de nicho (comercializados em mercados especiais e de alta renda) tinham que se dotar de atributos que iam além daquilo que a legislação de cada país exigia. Hoje, a qualificação dos produtos é cada vez mais generalizada e profunda. O State of Green Business 2009 mostra de que maneira a sociedade americana se relaciona com os recursos de que depende sua prosperidade em setores decisivos como construção civil, tecnologia da informação, lixo eletrônico, transporte, indústria química e papel. Mais que isso, faz uma avaliação da intensidade do uso de água na produção industrial, dasemissões e do próprio consumo de energia.
É impossível resumir estes resultados num indicador único: não existe e provavelmente nunca existirá um parâmetro sintético capaz de medir o estado das relações entre sociedade e natureza que se compare àquilo que o PIB representa para o crescimento econômico. Ainda assim, é importante observar a melhoria dos indicadores da relação entre a economia e os ecossistemas: no sexto relatório do Carbon Disclosure Project, de 2008, as 500 grandes empresas que o compõem medem não apenas suas próprias emissões, mas aquelas contidas na energia que compram, nas emissões indiretas derivadas das viagens de negócios, do transporte dos funcionários, do funcionamento de suas cadeias de negócios (supply chain) e do próprio ciclo
de vida dos produtos.
Estes indicadores passam a funcionar como bússolas de orientação para práticas empresariais. Mais que resultado da indispensável engenharia ambiental, eles se formam sempre em disputas sociais que têm lugar nas agências governamentais, no interior das empresas e na relação entre ambas e os diferentes segmentos da sociedade civil organizada. Vários destes indicadores são estabelecidos em longos processos de negociação, como os que ocorrem agora na Mesa Redonda da Soja Responsável (que se reúne nos dias 26 e 27 de maio próximo), na dos Biocombustíveis Sustentáveis ou como os que se consolidaram no Forest Stewardship Council (FSC), cujo prestígio e reconhecimento internacionais são consagrados.
Há 150 anos, quando mercados tipicamente capitalistas estavam em sua infância, Marx opunha a inteligência da organização fabril à anarquia da produção social e preconizava algo próximo a um planejamento centralizado que fizesse das necessidades sociais o eixo da vida econômica. O desenvolvimento dos mercados contemporâneos, sua tão salutar mistura com a organização social talvez os tenha transformado numa arena privilegiada em que objetivos fundamentais como justiça, solidariedade, participação social, preservação e valorização da biodiversidade são cada vez mais expostos. É um campo de conflitos e disputas em torno de interesses e visões de mundo e não um projeto pronto e acabado sobre como organizar o mundo. Mas é isso que faz dos mercados um dos mais interessantes meios de expressão das lutas políticas e culturais contemporâneas.

Ricardo Abramovay, professor titular do Departamento de Economia da FEA/USP, é coordenador de seu Núcleo de Economia Socioambiental (Nesa), pesquisador do CNPq e organizador de Biocombustíveis: A Energia da Controvérsia (Ed. Senac) www.econ.fea.usp.br/abramovay/

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sensibilização

Dia desses, saí da procuradoria às 2 da manhã (fiquei trabalhando e me perdi no horário) e vi que praticamente todas as luzes estavam acesas.

Parei e antes de ir pra casa, conversei longamente com o guarda, explicando a ele, com palavras simples, sobre o altíssimo impacto ambiental da produção de energia elétrica, falei das hidrelétricas, da água, do desmatamento causado para produzir uma hidrelétrica, dos países que não possuem mais água, etc, etc, etc. Falei para ele que não se tratava apenas de economizar dinheiro para a União, mas “economizar” vida, proteger o planeta para as presentes e futuras gerações.

Expliquei a ele que somos 200 milhões de brasileiros: se cada um apagar uma lâmpada, serão 200 milhões de lâmpadas... Se cada um apagar uma lâmpada 1 minuto antes, serão 200 milhões de minutos por dia... imagine isso num mês, ou num ano...

Ele me pareceu sensibilizado e, num outro dia, saí às oito e as luzes estavam apagadas.

Penso - de verdade - que não podemos perder nenhuma chance de fazer educação ambiental. Sensibilizar é caminho.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

História das Coisas

Acredito que muitos de nós já tenhamos assistido esse vídeo sobre o processo produtivo no sistema capitalista de globalização neoliberal - mas sempre vale a pena rever e refletir sobre todos os temas que ele congrega: sistema linear humano x sistema cíclico da natureza; exploração neocolonial dos países centrais sobre os periféricos e semi-periféricos; incerteza científica e risco; consumismo x melhoria da qualidade de vida da população - dentre tantos outros.

Àqueles que ainda não conheciam, resta o pedido de divulgação do mesmo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Perigo à Vista!

Conama aprecia norma sobre licença no entorno de UCs na 100ª reunião
23/11/2010

Quando: Quarta e quinta (24 e 25/11), das 9h às 18h
Onde: Auditório nº 1 do Edifício-sede do Ibama, Setor de Clubes Esportivos Norte, SCEN Trecho 2, Brasília/DF.

O licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades de significativo impacto ambiental no entorno de Unidades de Conservação ou suas zonas de amortecimento será a principal discussão da 100ª reunião ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que começa amanhã (24/11) às 9h em Brasília.
Escrevi um artigo  – que foi apresentado nas VII Jornadas Luso Brasileiras de Direito Ambiental – criticando essa alteração a ser efetuada na Resolução 13/90. Acredito firmemente que – tornando a anuência excepcional -  nossas unidades estarão desprotegidas. Acho que a decisão que será tomada amanhã pode trazer consequencias catastróficas para a Biodiversidade.

Instituto Akatu - Consumo Consciente


Ingenuidade? Pensemos...

No MSN com Liv Burgos

LivB diz: Sabe, as pessoas dizem que pequenos gestos não ajudam nada a conservação do ambiente. Em termos de números podem até não ser significativos, mas se esquecem que pequenos atos são reflexo da nossa forma de pensar.
LivB diz: Assim, se uma pessoa começa a praticar alguns atos de consumo consciente ela estará refletindo sobre isso, o que pode estender essa conscientização para outras coisas da vida =D

E ela recomenda um site sobre Consumo Consciente:  http://akatu.org.br/  - que já vai para a nossa listinha de sites da  coluna da direita!  Mais sugestões são sempre bem vindas!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

"Recicle seus habitos.
Produza menos lixo."
“Nenhuma decisão sensata pode ser tomada sem que se leve em conta o mundo não apenas como ele é,
mas como ele virá a ser”.  Isaac Asimov

sábado, 20 de novembro de 2010

Vídeo - Mudanças Climáticas em Bangladesh

Sempre que ouvimos falar em mudanças climáticas fica aquela impressão de que é algo abstrato, distante ou até mesmo “discurso apocalíptico de eco-chato”. Infelizmente essa nossa impressão é falsa. O aquecimento global é um problema atual e que tem sido sentido de forma muito dura em lugares do planeta. Abaixo, um pequeno e chocante depoimento sobre o que tem ocorrido em Bangladesh:

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Manifesto Ecológico Brasileiro

Você já leu o Manifesto Ecológico Brasileiro: Fim do Futuro?, de José Lutzemberger, o pioneiro do ambientalismo no Brasil? O livro está esgotado, mas encontrei um trechinho dele aqui.

Alguém sabe como encontrar?

Greenwashing

Você sabe o que é greenwashing?`Já ouviu falar no termo?

É algo que tenho percebido há muito tempo nas minhas lides ambientais. As empresas que têm uma folhinha verde, um discurso verde, que vendem uma ideia de sustentabilidade são, muitas vezes, as maiores degradadoras...

Cliquei aqui e aqui para ler mais.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


"Ecolóquios" é uma turma de amigos que adora falar de Direito Ambiental.

O último encontro foi em Floripa, como você pode ver clicando no álbum acima.

Entre caminhadas, cafés e ostras, o assunto dificilmente mudava... Agora resolvemos trazer a discussão pra cá, já que cada um mora num canto distinto deste imenso país... Sejam todos bem vindos para comentar, palpitar, sugerir...